O presidente da Junta de Freguesia S. Pedro da Cova/Fânzeres, Gondomar, afirmou hoje ser "incompreensível e inqualificável" que o processo de remoção de resíduos perigosos ali depositados "encalhe novamente" por "erros e omissões" do Governo.

 

Em declarações à Lusa, Daniel Vieira mostrou-se incrédulo com a notícia avançada hoje pelo jornal Público, que dá conta que o financiamento comunitário da operação "urgente" da remoção de 88 mil toneladas de resíduos perigosos depositados nas antigas minas de S. Pedro da Cova, avaliada em 11 milhões de euros, "está perdido" após o tribunal ter considerada inválida a adjudicação feita pelo Governo.

Daniel Vieira afirmou que em causa está "mais do que desleixo", acrescentando que não se pode "permitir que um assunto destes encalhe por erros e omissões absolutamente incompreensíveis, que nem sequer têm qualificação".

"Não vamos permitir que este assunto seja silenciado novamente e que responsáveis de hoje também fujam às suas responsabilidades", sublinhou o autarca, que ainda na terça-feira foi ouvido na Assembleia da República sobre este processo e nada lhe foi comunicado sobre esta sentença do TAFB e suas alegadas consequências.

Adiantando que vai solicitar de imediato uma audiência ao ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, Daniel Vieira disse, contudo, que a atual situação "exige muito mais do que esperar por uma audiência do ministro, requerimentos e perguntas" ao Governo.

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