Enquadrado na semana em que se assinalam os 42 anos sobre a ocupação dos antigos escritórios da Companhia das Minas de Carvão de São Pedro da Cova pela população local, realizou-se mais um “Encontra-te com...”, desta vez com o jornalista Miguel Carvalho, autor do livro “Quando Portugal Ardeu”, no passado dia 26 de maio, no Museu Mineiro.
A apresentação do livro coube a Rui Trindade, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, referindo-o como uma excelente investigação jornalística, que apresenta factos que outrora nunca haviam sido descortinados sobre a violência política após o 25 de abril de 1974 e apoiando-se em várias passagens e  figuras reportadas no livro, demonstrou como todos deveriam ter acesso a estas informações para que a verdade sobre este este período da história nacional fosse reposta.
Miguel Carvalho, começa por afirmar que esta investigação é jornalística e não de história e que tem como principal objetivo questionar “memórias consensuais” do pós 25 de abril de 1974. Diz ter sido, de alguma forma, influenciado pela sua vivência familiar, onde sempre se discutiu política à mesa, e que desde há muitos anos recolhia informação e documentos sobre este período. O porquê da sua publicação agora? Por causa das “barbaridades” que foi lendo aquando da constituição da atual maioria parlamentar de esquerda, em que eram reproduzidos “argumentos primários, os mesmos estigmas que tinham sido usados em 1975/1976, no "Verão Quente", como por exemplo, “que tínhamos todos que estar preparados porque vinha aí a ditadura do proletariado e um regime estalinista…”.
Ao longo do seu discurso foi dando vários exemplos de publicações sobre este período, onde não há referência à rede bombista. Partilhou ainda a dificuldade que teve em enquadrar toda a informação que tinha recolhido e que o livro foi aumentado significativamente o número de páginas, e que a própria editora – Oficina do Livro – foi percebendo a necessidade que havia de publicá-lo. Partilhou ainda a experiência que teve durante este período de investigação e as emoções nas apresentações do livro, que contam sempre com a presença de pessoas que lhe transmitem outras histórias por elas vividas no período retratado no seu livro.
E porque a realização desta iniciativa surge da ligação histórica de São Pedro da Cova a este momento da história nacional, este “Encontro” promoveu uma singela homenagem a José Teixeira Neves “Paules”, um dos elementos CRM – Centro Revolucionário Mineiro que faleceu nesta tarde. Assim, no início desta sessão partilhamos algumas das suas palavras, recolhidas em 2015, durante a investigação que o Museu Mineiro de São Pedro da Cova realizou sobre o CRM. Os seus camaradas do CRM quiseram dedicar-lhe algumas palavras, bem como elementos da brigada S.A.A.L. de São Pedro da Cova, e o jornalista Valdemar Cruz.

Encontra-te com...Miguel Carvalho
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    Fonte: UF Fânzeres e São Pedro da Cova